De quando em vez sinto vontade de fazer tudo ao contrário, só para ver no que dá. Me entedia essa vida regrada que a maioria das pessoas insiste em levar – ou "empurrar com a barriga" – e eu preciso mudar, todo dia. Eu mudo, todos os dias. Não faço questão de ter hábitos, ainda que inevitavelmente eu os tenha, principalmente porque hábitos nos escravizam e fazem com que vivamos sempre no comum. Eu tenho verdadeiro pavor do que é comum, do que é costumeiro, daquilo que tanta gente usa como base para uma existência à qual nem a própria pessoa consegue dar um sentido. O que me era caro ontem pode perder todo seu valor amanhã e não sofro em razão disso, porque mantenho o que me serve hoje e basta.
Não entendo por que tudo deve (deve?) ser obrigatoriamente ajustado, enfileirado, organizado. Eu quero desarrumar, quero a chance de modificar, quero poder moldar. Não desejo mais do que aquilo de que sou capaz e se a vida que há em mim é a minha vida, então que eu decida. E a minha decisão é clara: farei tudo ao contrário e, se não ficar satisfeita, mudarei tudo outra vez.
(Beta de Felippe - blog Alma em punho)
quinta-feira, 23 de julho de 2009
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